segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Histórias de um daltônico


Bom, para quem não sabe, eu sou daltônico. É, não vejo certas cores. E confundo outras tantas. Não sei quando eu descobri que tinha este defeitinho. Só lembro da minha mãe falando que começou a desconfiar quando os lindos desenhos que eu a entregava vinham repletos de novidades. Eram árvores marrons, gramas vermelhas, nuvens roxas...

Semana passada, quando meus pais chegaram de viagem, depois de um episódio, fui despertado para escrever algo sobre esta minha doença.

Por ser preguiçoso, criei algumas estratégias. Uma delas diz respeito a toalhas de banho. Tenho que ter umas três. Uso e nem sei por onde as coloco. Ficam pelo meu quarto, pelas cadeiras da cozinha... Sempre, pelo menos uma, eu encontro. Mas, às vezes (muitas vezes) meu daltonismo afeta até na minha higienização.
Semana passada eu fui tomar banho e não sabia qual toalha era a minha. Vi que no varal improvisado na sala tinha uma toalha. Julguei ser da minha mãe. Olhei no varal do quintal, vi uma amarela desbotada, "na certa é do papai", pensei. Cheguei ao banheiro e encontrei outra toalha lá. Uma azul. De quem será esta? Não soube responder...

Nesta dúvida cruel resolvi ir dormir sem tomar banho (só para avisar, isso raramente acontece. Não vão pensar que o meu time tem influência sobre a minha limpeza).
No outro dia fui tirar a dúvida com a minha mãe.
- A senhora viu minha toalha por aí?
- Meu filho, tem uma toalha rosa ali na sala, já viu?
- Já mãe. Rosa? Não é da senhora? A minha é uma roxa.
- Não. Aquela deve ser a sua. E aquela do quintal?
- Aquela é do papai, né? Eu tinha uma amarela, mas era mais forte.
- A do seu pai tá no banheiro. Essa amarela passou a noite lá fora. Tomou até chuva.
- Eita mãe, ser daltônico é uma coisa. Nem minha toalha eu sei mais qual é...

Dois dias depois, no trabalho, minha repórter chega, fala comigo e senta ao meu lado. Após um tempo, sem se conter, ela diz:
- Poxa Jo, nem falou nada do meu cabelo.
Aí, claro, faço meu papel. Disfarço bem.
- Nooossa, que lindo o seu cabelo. Ficou bom assim, hein? O que fez nele? Cortou?
Na verdade ela tinha pintado. Mas, que culpa eu tenho? Para mim tava do mesmo jeito. O que me restou foi escutar até o final do dia ela reclamando da minha insensibilidade...
Propaganda feita pela Volks, baseada na visão dos daltônicos.

Bom, fico por aqui. Depois conto outras histórias sobre meu daltonismo. Até a próxima.

8 comentários:

  1. Pois é filhão, você e seu mano herdaram este defeitinho do meu sogro. Mas sem dúvida não impediu de você ser um ótimo jornalista e nem seu mano de ser um ótimo piloto. Continue escrevendo. Te amo garoto.

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  2. hhahahahahahahhahahaha
    ai jozinho cada uma hein?! que gostoso ler o que vc escreve parabens pelo seu talento e filho da Dn Marcia msm...
    te mo muito bjuss

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  3. kkkkkkkkkkkkk
    Mew, pq tu num falou pra sua repórter q é daltônico, fiooooo! A coitada ficou complexada tadinha!

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  4. Ah! Inteligente vc tb, né?! Manda bordar o seu nome nas toalhas... Além de daltônico ainda é burrinho....kkkkkkkk zuerinha ;)

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  5. Joab sua reporter lembra ate hj do fato!!!!!!!!!!!!! vai te acostumando pq ela n vai esquecer tao cedo...kkkkkkkkkkk

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  6. Eu tenho o mesmo problema com as toalhas.

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  7. Eu tenho o mesmo problema com as toalhas.

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